
Artista Visual
Léa Juliana nasceu em Salvador (BA) e, atualmente, vive e trabalha em Brasília (DF). Mestranda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB), se formou na mesma instituição em Artes Visuais - Bacharelado, em 2023.
Sua poética nasce da caminhada como gesto estético e ritual de escuta do território. Ao percorrer trilhas em meio a matas, principalmente pelo Cerrado, encontra pedras arrancadas do solo por ações humanas - restos de desmatamentos, aberturas de vias e movimentos de construção. Essas pedras são deslocadas de seu lugar de origem, tornam-se matéria viva de sua pesquisa.
No ateliê, a pesquisa com as pedras culminou na técnica que permite a retirada de camadas finas desses corpos, o que a artista denominou de peles de pedras. Léa explora a relação entre corpo, tempo e transformação, aproximando-se de dimensões poéticas e filosóficas da matéria. Cada pele revela novas superfícies de memória e presença, instaurando um campo de incerteza e metamorfose. Suas obras se desdobram em diferentes linguagens - instalação, escultura, objeto e desenho - criando espaços de sensibilidade e reflexão sobre o diálogo entre natureza, gesto e pensamento.
Em 2022, participou do Programa de Iniciação Científica (PiBic-UnB) em Arte e Psicanálise: Corpos Artifícios com o artigo: “O Corpo Feminino na Arte Contemporânea: Pecados, Limites e Abjeções”.
Realizou acompanhamento crítico com Cristiana Tejo (2023 e 2024) e Mentoria criativa “Ananda - reprogramação da realidade pela arte” com Nadam Guerra (2024).
Em 2025, foi selecionada para o Projeto Dípticos - arte e curadoria, promovido pelo Espaço de Arte Vilarejo 21, com curadoria de Cinara Barbosa e Léo Tavares (em andamento).
Em 2024, foi selecionada para o 49o SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional– Contemporâneo e foi contemplada com o Prêmio Aquisição “Cidade de Ribeirão Preto”.
Participou da residência artística “Cerrado”, curadoria Divino Sobral, no Núcleo de Artesdo Centro Oeste (NACO), em Olhos d ́Águas (GO) (2024) e da residência “Devorar a Antropofagia”, curadoria de Christus Nobrega, no espaço de arte Vilarejo 21, em Brasília (DF) (2022).
Realizou as seguintes exposições individuais: “escutar a pele da pedra”, no Museu de Arte de Ribeirão Preto/SP (2025); “caminhar pel(es) pedras” (2024), no Museu das Bandeiras, Cidade de Goiás/ GO e “Pedra” (2023), no Espaço Cultural Renato Russo, Brasília /DF.
Expõe coletivamente, de forma regular, desde 2022, tendo participado de exposições em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e Madri (Espanha). Possui obras no acervo do Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu das Bandeiras, na Cidade de Goiás (GO), Museu das Mulheres e em acervos privados.